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Homilias em Destaque › 22/09/2014

XXVº dom comum – Os últimos serão os primeiros

 

Neste domingo somos surpreendidos por Isaias que nos alerta de procurar o Senhor em quanto há tempo , porque os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos de Deus. A caminhada da fé se torna uma transformação que nos aproxima dos pensamentos de Deus. Não podemos dizer de conhecer a Deus se não conhecemos os seus pensamentos: a sua visão da pessoa, do mundo, da vida, da justiça, do perdão. Estes pensamentos não são ocultos, mas revelados na Palavra e especialmente nos evangelhos, onde Jesus nos revela quem é o Pai, com suas obras e suas palavras. Precisamos buscar mais e muito mais a Palavra do Senhor, aprender a meditá-la para que nosso coração seja transformado.

O evangelho de hoje é uma prova da nossa maneira de pensar e agir tão diferente da maneira de agir de Deus. Para nós últimos são últimos, e cada vez mais últimos e marginalizados. Para Deus não. A parábola do patrão que contrata trabalhadores para sua vinha a diferentes horas do dia e paga a todos com uma moeda de prata, não quer questionar as leis trabalhistas. È uma imagem de como Deus age. Podemos dizer que ela mostra que Deus antes de ser justo (no sentido humano) é compassivo e misericordioso. A justiça divina não é implacável, mas sempre acompanhada pela compaixão do Senhor. Ao contrário de nós, que em nome da justiça somos capazes de ser cruéis e maldosos. Parece que não conseguimos superar a lógica que domina os homens: “Olho por olho e dente por dente”. Esta expressão simboliza a pratica da vingança nas relações humanas. Devolve-se o que se recebe, sem pensar se é bom ou não é. Deus não se vinga de nós, nunca. Não se vinga de nossas traições e infidelidades, dos nossos pecados. Ele tem uma maneira diferente de pensar: sempre acha possível que possamos mudar e nos arrepender.

Por isso nos ensina que os últimos serão os primeiros. Os primeiros do tempo de Jesus eram os fariseus, os escribas e os doutores da lei, que se achavam puros e santos. Os últimos eram aqueles que eram considerados impuros: leprosos, doentes, prostitutas, publicanos, estrangeiros, possuídos pelo demônio. A estes “impuros” Jesus deu a boa nova de que eram amados pelo Pai e que ele veio para salvar e não para condenar. Estes acolhiam a palavra do Senhor, enquanto os fariseus pensavam como matar Jesus, até que conseguiram. Jesus com sua obra mostra que os últimos se tornaram os primeiros que ele procurava e libertava de seus males. Enquanto os  que se achavam primeiros, com o coração fechado e cheio de ódio se tornavam os últimos no Reino do Pai.

Cabe a nós hoje não assumir atitudes farisaicas. Não podemos nos achar maiores ou mais importantes de ninguém. Não somos nós que decidimos quem é santo ou não. Precisamos nos abrir ao coração misericordioso do Pai, na certeza de que sem a sua misericórdia não somos nada e nunca nos libertaremos de nossos males. Desta maneira nos colocaremos neste mundo ao lado dos nossos irmãos para ajudar e sermos ajudados, oferecendo nossa vida para o bem e o resgate de todos.

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