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Homilias em Destaque › 12/08/2013

XIX Dom Tempo Comum – Viver acordados

 

O evangelho começa com uma afirmação que mostra a decisão do Pai de colocar seu Reino em nossas mãos:

 “Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino.”

O Senhor nos chama pequeno rebanho porque realmente somos pequenos, falhos, frágeis… mas o seu reino está em nossas mãos; depende de nós.

Logo em seguida vem a conseqüência: “juntar tesouros nos céus, onde não chega o ladrão”…. porque onde estiver o vosso tesouro ali estará também o vosso coração.”

Domingo passado falamos do perigo da ganância que é a fé nas riquezas, e não em Deus; as duas coisas não podem estar juntas. Já falamos na semana passada que Jesus não fala contra a riqueza em sim, mas sobre o uso dela e principalmente sobre o grande perigo que ela traz para vida humana: a riqueza não realiza o que promete; promete a felicidade sem fim, mas da uma felicidade que dura pouco. Em outros momento Jesus repete este conceito, por exemplo quando diz que é muito difícil que um rico entre no Reino de Deus. Não porque O Pai não queira, mas porque o rico escolhe outro Reino, que é o Reino deste mundo e não o Reino de Deus.

Por isso que Jesus sugere que façamos juntamos tesouros nos céus, usando os bens desta terra para o bem numa perspectiva de eternidade, de uma felicidade que nunca será tirada de nós.

Neste contexto vem outro recado bem claro de Jesus: ser vigilantes, ser acordados! Esta é uma imagem da vida. A chegada do Senhor não representa apenas  a morte, mas a presença de Deus na nossa vida. Muitos já não percebem mais a presença de Deus na vida e neste mundo porque estão “dormindo”, não estão vigiando, não estão acordados: isto é perderam a consciência da vida, do seu sentido e vivem como se nunca fossem morrer e morrem sem ter vivido de verdade. Dormir é viver anestesiados, atordoados, em confusão, enganados.

Só a comunhão com Deus nos acorda para vida. Sem a sua luz tudo nos engana e tudo é traiçoeiro; não apenas a ganância, mas tantas outras coisas da vida, como a arrogância, a vaidade, o desejo de aparecer e não de ser; o desejo de ter e não de ser.

Queremos afirmar nós mesmos pelo que temos e não pelo que somos. Esta é  a negação de Deus, a negação do homem e da felicidade que todos buscamos.

Vigiar significa açodar para vida verdadeira, sem falsas aparências, sem buscar a felicidade naquilo que não tem o poder de nos fazer felizes.

Sabiamente se diz que morremos como vivemos. A morte é o momento extremo que deveria nos alertar sobre o sentido daquilo que fazemos. A morte não aceita as nossas falsidades e coloca em evidencia nossos erros, o nosso “sono” de quem não quis acordar para vida.

Jesus nos convida a assumir nossa vida da maneira do administrador fiel que cuidava bem dos seus criados. È uma maneira de nos dizer que precisamos viver cuidando dos irmãos e não apenas pensando em nós. Só desta maneira que juntamos tesouros nos céu!


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