Os Salmos na Liturgia
O salmo, na missa, faz parte integrante da liturgia da Palavra, não podendo por isso, ser omitido. É prolongamento da palavra bíblica, em sentido lírico-meditativo, tendo, portanto, o mesmo valor da palavra de Deus. É também canto de repouso e de meditação. No exercício de seu ministério, o salmista deve, pois, cultivar a espiritualidade sálmica, revelando familiaridade com a dimensão orante do salmo e como que encontrando nele a sua própria voz e seu próprio sentimento.
Na liturgia, o salmo tem os nomes de “Responsorial”, de “Salmo”, simplesmente, e também de “Cântico Bíblico”. Este último, não sálmico, como é o caso do cântico de Moisés (Ex 15) e do cântico de Isaías (Is 12), usados na Vigília Pascal do Sábado Santo, como exemplo. Mas, há ainda outros cânticos bíblicos, não sálmicos, e que na liturgia entram também como textos de salmodia. Chamava-se também o salmo, antes do Concílio Vaticano II, “Gradual” e “Trato” (Tractus). “Gradual”, do latim gradualis, significa degrau, porque o salmista cantava o salmo no degrau abaixo de onde o leitor proclamava a primeira leitura. E “Trato” (do latim tractus = forma direta), porque se cantava sem antífona, na liturgia da Quaresma, em lugar do Aleluia.
Na Liturgia das Horas, o salmo, além da antífona, no início e no fim, encerra-se também com o “Glória ao Pai…”, que confere aos escritos do Antigo Testamento um caráter trinitário. Já as leituras (bíblicas, patrísticas, hagiográficas e espirituais), são seguidas de um responsório, não somente sálmico, mas também com texto dos profetas, dos livros sapienciais, do evangelho, das epístolas e do Apocalipse, notando-se que, às vezes, num mesmo responsório, vamos encontrar passagens bíblicas paralelas, compiladas em unidade bíblica, ou então simplesmente como fontes de inspiração.
Chama-se Saltério o conjunto dos salmos de que a Igreja se serve para as suas celebrações, sobretudo na Liturgia das Horas e na Missa. A Igreja faz do Saltério as entranhas da liturgia e do ofício divino, e, assim, a linha sálmica sempre foi considerada fundamento da oração cristã, consciência que se desenvolveu mais ainda com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II. Nos salmos encontram-se todas as vicissitudes da vida, desde os brados de angústia, de aflição, de fracassos e de prantos, até os felizes hinos de glória, de exultação, de vitória, de reconhecimento, como também de admiração e de contemplação das maravilhas de Deus.
Como já foi observado, os israelitas nasciam com o salmo nas entranhas e no coração. Daí, seu espírito profundamente religioso e sua intimidade nas relações com Deus “Eu te celebro por tanto prodígio, e me maravilho com as tuas maravilhas” (Sl 139 (138),14).
Como ser um salmista
Para ser um salmista é necessário primeiramente uma noção básica de música, afinação, ritmo, respiração e uma boa dicção, enfim ter uma noção de canto e música. No curso que realizamos todos os anos para Salmistas atuantes e novos que queiram fazer parte do ministério, trabalharemos a espiritualidade do salmista, o canto do Salmo, postura, melodias e outros.
Encontros dos Salmistas: Às terças-feiras às 18h30 na Igreja Sagrado Coração de Jesus onde nos preparamos junto com todos os membros do ministério dos salmistas. Nesta reunião oramos juntos, partilhamos a vida. Na parte prática definimos as melodias dos salmos e realizamos as gravações para o estudo do Salmista. |
Coordenador: Dirce Moreira. |
Salmistas atuantes: Rita / Leila / Maurício / Darc / Amanda/ Heloisa/ Leandro/ Júlia |
E-mail de contato: salmista@scjpocos.com |
Escala dos salmistas do mês: Clique aqui para ver a escala … |