Unidade pode ser resposta à crise de fé no mundo
Na manhã desta sexta-feira, 27, o Papa Bento XVI destacou aos participantes da Sessão Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, que a promoção da unidade dos cristãos está extremamente ligada à resposta à crise de fé que assola o mundo.
“Como sabemos, em muitas partes da terra, a fé corre o perigo de se apagar como uma chama que não encontra mais alimento. Estamos diante de uma profunda crise de fé, uma perda do sentido religioso que constitui o mais importante dever da Igreja de hoje. O renovamento da fé deve, portanto, ser a prioridade no empenho da Igreja inteira para os nossos dias”, salientou Bento XVI os membros da Congregação recebida, em audiência, na Sala Clementina, no Palácio Apostólico Vaticano.
O Papa sublinhou que não são poucos os bons frutos arrecadados pelos diálogos ecumênicos, mas que, ao mesmo tempo, se deve reconhecer a existência do risco de uma falsa atitude de compreensão e caridade, adotada entre os cristãos de diferentes credos e de um indiferentismo, totalmente contrário ao espírito do Concílio Vaticano II.
“Tal indiferentismo é causado pela opinião sempre mais difusa de que a verdade não seria acessível ao homem; seria, portanto, necessário limitar-se a encontrar regras para uma prática capaz de melhorar o mundo. Assim, a fé seria constituída de um moralismo sem fundamento profundo. O centro do verdadeiro ecumenismo é, em vez, a fé na qual o homem encontra a verdade que se revela na Palavra de Deus”, afirmou o Papa.
Para Bento XVI, sem a fé, todos os movimentos ecumênicos seriam reduzidos a uma forma de “contrato social”, que adere a um interesse comum. Ele recorda que a lógica do Concílio Vaticano II é completamente diferente, ela afirma que [ ………………….]