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Destaques › 18/10/2012

Somente uma fé renovada renovará o mundo, afirma o arcebispo de Maringá

 

 

“Uma fé que vai além das ideologias” é o título do mais recente artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, onde ele explica que o papa Bento XVI decidiu proclamar o Ano da Fé, que iniciou no dia 11 de outubro e terminará no dia 24 de novembro de 2013, ao celebrar o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e o aniversário de 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Segundo o prelado, essa decisão vem ao encontro do profundo sentido da fé, do espaço que ela deve ocupar na nossa cultura secularizada. “Neste mundo de misérias, fome, guerras, violência e morte, parece que Deus não tem lugar e nem vez, e é a hora de gritar falta fé e o homem e a mulher se afastaram de Deus”, destacou.

Dom Anuar explica que o Ano da Fé vem no momento certo, chega para despertar em todos um novo modo de ver e viver a fé. Ele ainda ressalta que a fé não se resume em um dogma, ou em uma única definição do catecismo, ela leva para uma experiência viva de todo o rico tesouro da doutrina e da tradição. “Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito.” (1Pe. 3,15)

Na Carta Apostólica Porta Fidei (nº 2), citada pelo arcebispo, o Sumo Pontífice afirma que desde o princípio do seu ministério como Sucessor de Pedro, lembrou da necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Ele segue dizendo que a Igreja, no seu conjunto, e os Pastores, nela, com Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens para fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para aquele que dá a vida, a vida em plenitude.

“Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando-se como um pressuposto óbvio da vida diária. Ora, tal pressuposto não só deixou de existir, mas, frequentemente, acaba até negado. Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.” (Carta Apostólica Porta Fidei- nº2)

No documento, Bento XVI ainda deseja que o Ano da Fé possa contribuir, com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus novamente presente neste mundo e para abrir os homens ao acesso da fé, ao confiar-se àquele Deus que nos amou até o fim, em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado.

“Mostremos a todos a força e a beleza da fé. Seja um tempo de reflexão e de redescoberta da fé na família e na comunidade. Só acreditando é que a fé cresce e se revigora. Ele torna-nos fecundos porque alarga o coração com a esperança e nos leva à prática da caridade. Descobrir novamente os conteúdos da fé… refletir sobre o próprio ato com que se crê e professá-los pessoal e comunitariamente. Convido a rezar o Creio em família todos os dias ou pelo menos aos domingos durante o Ano da fé”, conclama o papa.

Para concluir, dom Anuar salienta que somente uma fé renovada renovará o mundo.(FB/JS)

 

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