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Notícias › 19/02/2013

Silêncio

Ei, você – que é mãe, que é pai –, quando foi a última vez que ficou em silêncio?

Num mundo tão barulhento, seja pela vida na cidade e os barulhos à nossa volta de carros, ônibus e caminhões, seja pelos barulhos de nossa casa – televisão, rádio, internet – e de nossos filhos – brincando, correndo, falando –, seja ainda pelos barulhos internos de nossos pensamentos – com tantas preocupações e coisas para fazer –, parece difícil ficar em silêncio.

Você se lembra da sensação que o silêncio lhe trouxe? Lembra da paz interior que seu coração sentiu?

Quero hoje destacar o quanto o silêncio nos ajuda! E talvez seja por isso que silenciar é, contraditoriamente, tão difícil. Por que será que não arrumamos tempo para o silêncio em nossa vida?

Lendo o evangelho do dia de hoje, que transcrevo abaixo, senti necessidade de silenciar…

E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar”. Depois, Jesus começou a dizer a todos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará. Com efeito, de que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?” (Lc 9,22-25)

Ficar em silêncio é renunciar-se a si mesmo. É preciso deixar de falar, de pedir, de pensar até, e apenas silenciar para ouvir e sentir que Deus está ali, perto de nós, nos amando e dando forças para enfrentar o que quer que seja – até mesmo a cruz. Não é em vão que o conselho de Jesus no evangelho é: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me”. Nós queremos o tempo todo fugir das dificuldades, mas a mensagem é bem clara: sem dificuldades, sem cruz diária, não há seguimento de Jesus. O importante, para carregar a própria cruz do dia a dia, é ter consciência da renúncia a si mesmo, aos próprios interesses egoístas em benefício dos interesses de minha família, à minha vontade pessoal em favor do que for melhor para meus queridos.

Daí a importância do silêncio. Sem ele, não consigo me perceber. Não consigo me enxergar e, consequentemente, não poderei renunciar àquilo que em mim não é bom. Exercitar-se no siêncio já é o início da renúncia… Temos tanta necessidade de falar, de viver no barulho, especialmente nesta era de informações tão rápidas! Quanto queremos ouvir e depois compartilhar?! Que o digam os fãs do facebook… – me incluo aqui – também gosto muito de ver o que meus amigos facebookers estão partilhando e, por vezes, também partilho novidades…

Então a Palavra vem e nos ensina: “renúncia” para poder seguir a Jesus. Desapego, tempo para Deus, silêncio. E tudo isso diariamente. Não é para deixar para amanhã…

Volte a experimentar o silêncio em sua vida, se você já  não o faz. Veja o que Deus tem para você neste tempo de “escuta”. Sinta. Respire. Deixe-se amar. Perceba a presença divina em sua vida. Todos sairão ganhando – seu cônjuge, seus filhos e você!

Fonte / Paróquia NS. do Brasil

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