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Destaques › 02/02/2012

Seminário de Guaxupé realiza trabalho missionário em Paragominas – PA

A convite do padre Francisco Albertin e do povo  da paróquia  São José do Nagibão,  em Paragominas,  diocese  de  Bragança  do  Pará-PA, nove seminaristas da diocese fizeram uma intensa  experiência  missionária entre  os dias 3 e 18 de janeiro de 2012, junto àquela comunidade. Estavam presentes Claudemir Lopes, Glauco Siqueira dos Santos, Pedro Alcides Sousa, Juliano B. Lima, Eder Carlos de Oliveira, Silas Oliveira, Rovilson Ângelo, Leandro Melo e Jeremias Nicanor Alves Moreira, juntamente com os padres José Milton Reis e Heraldo Freitas Lamin.

Os objetivos do grupo eram, em consonância com o Documento  de Aparecida: “confirmar, renovar, revitalizar a novidade  do Evan- gelho” (cf. DAp 11) e:  “A partir do encontro pessoal com Cristo, impulsionados  pelo Espírito Santo, para assim celebrar o nosso discipulado e contribuir na formação de agentes de pastoral, sobretudo estar e rezar com o povo de Deus que lá está.

Ao chegarem no bairro Nagibão, foram recepcionados com grande alegria. Realizaram no mesmo dia uma reunião que marcou a divisão dos trabalhos  missionários, tais como formação bíblica e litúrgica, missas e celebrações da Palavra, encontro com os jovens e crianças, visitas às casas para rezar, pedindo  a bênção  de Deus para a família, além de partilhar a Palavra e fazer o convite para participar das atividades celebrativas da paróquia. Foram informados também que deveriam visitar não só os entornos da paróquia, mas também algumas colônias mais afastadas, tais como Nazaré, São Lucas, Mandacaru ou Vila Nova. Um alerta do padre Albertin quanto  às visitas das casas foi sobre o costume  do visitante tirar os sapatos ao entrar nas residências, talvez por causa da sujeira das ruas ou da quantidade de areia da região que se acumula nos calçados. Sendo por este motivo ou pelo simples costume, quando entravam nas casas sem os sapatos, significava também que na porta deixavam os seus costumes e preconceitos para escutar mais as pessoas a partir de seu chão, de seus sentimentos, enfim, de suas vidas. De modo algum queriam impor seu modo de vida, valores e religião, mas confirmar o que em que cada homem  e mulher tem de melhor dado por Deus para, assim, renovar com eles a própria caminhada de filhos de Deus rumo à plenitude  humana. Sobretudo, diante desse simples gesto sentiam que deveriam tirar suas sandálias, porque  aquelas casas, as terras são sagradas, aquela gente é santa, onde Deus se manifesta (cf. Ex 3,5)

Encontraram pessoas que buscam a felicidade, mas que nem sempre acertam o melhor caminho, além de encontrarem muitos obstáculos,  tais  como a pobreza  ou a indiferença  dos grandes. Em vista de tantas  dificuldades, os objetivos  ou razões de viver, a busca  por uma  vida mais digna  se perdem.  Tornam-se comum  a indiferença  religiosa e social, a falta de cuidado com a família, a prostituição. Porém, mesmo diante de tantos  entraves  e tantos  caminhos, existem muitos que se mantêm firmes na caminhada, pessoas que se juntam em torno da Palavra de Deus e da partilha. Os missionários ainda encontraram pessoas que são luzes que guiam e revitalizam os sonhos e as esperanças do  povo. Estas pessoas  os hospedaram em suas casas, os acompanharam nas visitas, estiveram nos encontros e cursos e celebraram com eles a presença de Deus no meio do Povo. São pessoas  misericordiosas e solidárias, que mostraram com a vida a morada de Deus. São pessoas que se dedicam e colocam tudo o que têm à disposição da missão de Jesus, que é vida para todos (cf. Jo 10,10).

A missa de encerramento na paróquia foi o coroamento de toda a missão junto àquele povo, pois como os discípulos, do episódio narrado no evangelho  daquela celebração (cf. Jo 1, 35-42), o grupo também perguntava: “Mestre, onde moras?”. Ficou entendido que Ele não se situa só lá em Nazaré, e por isso convida os discípulos de hoje a conviver com Ele: “Vinde e vede”. E lá está Jesus, no meio do povo que mais precisa de vida, seja onde for, fazendo a glória de Deus transparecer em meio às “alegrias e esperanças, tristezas  e angústias” (cf. GS 1) daquele  povo e que se tornaram também as alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos que estiveram em Paragominas.

Jeremias Nicanor Alves Moreira

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