Gregório vem de grex, “assembleia”, e gore, que significa “pregar” ou “dizer”. Ou então Gregório vem de egregorius, por sua vez, derivado de egregius, “eleito”, e “gore”, pregador.
Gregório de Nissa, o mais especulativo dos Padres gregos do século IV, pode ser comparado a santo Tomás de Aquino pelo cuidado que teve de dar aos vários problemas enfrentados, uma resposta em sintonia com os dados da fé e ao mesmo tempo com as exigências da razão. Amante do estudo e da solidão, foi a contragosto posto à frente de uma diocese. Sua bondade e falta de senso prático foi julgada muitas vezes como ingenuidade ou pior. Foi até acusado de desperdiçar os bens da Igreja. Foi deposto e mandado ao exílio em 376. Dois anos depois foi reconhecida sua inocência e consideradas sem fundamento as acusações feitas pelos arianos. Voltou, então, entre as aclamações do seu povo e reassumiu a diocese.
Naqueles dias morria seu irmão, São Basílio, bispo de Cesareia. Gregório preferira a cultura clássica do tempo, um misto de platonismo, aristotelismo e estoicismo; enquanto Basílio escolhera a vida ascética. Gregório casou-se e, depois de ter ensinado alguns anos, abandonou tudo, inclusive a mulher, e seguiu o irmão e amigo na solidão das margens do rio Íris. Dedicou-se ao estudo das obras de Orígenes e Metódio de Olimpo. São frutos desses estudos, livros como sobre a virgindade. Logo Basílio foi escolhido como arcebispo de Cesareia.
Basílio conseguiu para ambos o mesmo tipo de trabalho pastoral. Gregório, depois do incidente do exílio, cresceu muito no conceito de todo o mundo. Era quase levado à força para estabelecer a paz entre igrejas orientais, frequentemente em discórdias por questões doutrinais ou administrativas. Teve vários encargos até da parte do imperador de Constantinopla. Em 381 participou do concílio convocado por Teodósio. Os padres conciliares, por causa de sua profunda doutrina, apelidaram-no de coluna da ortodoxia. Em 394 compareceu a outro sínodo de Constantinopla.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Bernardo de Cápua, Inocêncio I e São Luís Orione