Reflexão para quarta-feira pascal
Cidade do Vaticano – (RV) – O Evangelho nos apresenta Jesus e os discípulos de Emaús.
Após as vicissitudes da paixão e morte do Senhor, alguns discípulos retornaram para suas casas e, como os demais, esquecendo as palavras dele de que iria ressuscitar ao terceiro dia.
Dois discípulos voltam para a vida em Emaús. No coração e na mente retornam, com eles, a desesperança e a desilusão. Aquele que acreditavam ser o Messias, que era muito próximo deles, apesar das maravilhas que operou, faz três dias que foi morto como sacrílego, sentenciado entre dois bandidos.
Eles vão conversando, trocando sentimentos de dor e desilusão.
Todavia, Jesus, em seu papel de Consolador, se aproxima deles e, como um desconhecido, pergunta o motivo de tanta tristeza.
Eles, imersos na dor, não conseguem levantar os olhos e ver quem dirige a palavra a eles. Desabafam com o desconhecido contando o ocorrido em Jerusalém e estupefatos pelo andarilho não saber de nada. Jesus usou a famosa fórmula maiêutica, de levá-los ao conhecimento da verdade através de perguntas. Para ajudá-los, Jesus os faz recordar os textos da Sagrada Escritura que falam sobre sua paixão e morte, desde Moisés e passando pelos profetas.
À medida que o Senhor lhes fala, o ânimo vai voltando aos corações, a tal ponto que quando chegam à aldeia, pedem a Jesus que pernoite com eles. O Senhor, que “bate à porta e pede para entrar”, mas não força, aproveita a ocasião e diz sim.
Sentados á mesa, os donos da casa pedem ao desconhecido que faça a oração antes da refeição. Nesse momento, quando o Senhor toma o pão e diz a bênção, eles reconhecem que é Jesus Ressuscitado que os acompanhou durante todo o trajeto e agora ceia com eles.
Simultaneamente a esse “insight”, a essa iluminação, Jesus desaparece e os discípulos são tomados de profunda alegria.
Não obstante a noite e o cansaço, eles voltaram para Jerusalém com o objetivo de anunciar a boa nova aos seus companheiros.
Também nós somos convidados pelo Senhor, após nossa experiência pascal, a anunciarmos que Jesus é o Messias, que a Vida derrotou a morte, que somos filhos queridos de Deus!
(CAS)