Paróquia
Sagrado Coração de Jesus

Poços de caldas - mg | Diocese de guaxupé

Paróquia hoje:
Voz do Pastor › 22/11/2012

Partilha: Marca de nossa presença ativa e concreta na comunidade

Temos observado, nos balancetes, que nossa Paróquia não tem conseguido cobrir as suas despesas e decidimos perguntar ao Padre Graciano alguma coisa sobre a Partilha. Isso ocorreu por saber que muitos fiéis, da nossa  Paróquia, ainda não abriram o coração para partilhar um pouco do que Deus lhes deu. Esperamos que a entrevista possa ajudar aquele que ainda é indeciso quando se trata da Partilha e possa vir a somar com sua contribuição.

O que é a Pastoral da Partilha?

PE. GRACIANO: Pastoral da Partilha é um grupo de pessoas que, com dedicação, se preocupa de incentivar na comunidade a necessidade de partilhar, espiritual e materialmente, a nossa vida. Ela ensina que todos somos corresponsáveis da comunidade e precisamos participar efetivamente da suas despesas a serviço da evangelização e do trabalho social para transformar a sociedade, segundo o plano de justiça e de amor do nosso Pai. Concretamente, a Pastoral se reúne todo mês, prepara as missas da partilha e cuida dos plantões, para que antes e depois das missas as pessoas possam oferecer sua partilha.

Por que mudou de Pastoral do Dízimo para Partilha?

PE. GRACIANO: O Papa Bento XVI extinguiu o termo “dízimos” do quinto preceito da Igreja, conforme Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, por ele promulgado em 28 de junho de 2005, e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O Quinto Mandamento agora é assim: “Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades”. Na verdade, nunca existiu um dizimo efetivo na Igreja católica, porque nunca se exigiu o 10% (dizimo = a décima parte).

Dizimo é um termo do Antigo Testamento que não acompanha mais a novidade trazida por Jesus. Jesus nos ensina a partilhar: isto é, a pensar no bem de todos, e não apenas em nós. Jesus chega a dizer: “Deus ama quem doa com alegria.” Partilha sugere que a pessoa tem consciência do seu papel dentro de uma comunidade. Por isso o nosso trabalho pastoral segue a ideia de Jesus.

Acompanhando os balancetes da Paróquia, no Jornal, temos visto que o valor arrecadado não cobre as despesas. O que está acontecendo?

PE. GRACIANO: Acontece que as despesas aumentam sempre, porque os preços aumentam sem parar. A Igreja sempre tem alguma manutenção para fazer, materiais para adquirir, gastos com limpeza, secretaria, e outras necessidades. Acabamos de receber Padre Marcio, para nós um presente de Deus, que vai nos ajudar a trabalhar mais ainda para o nosso povo. Isso, porém, aumenta a nossa despesa. Os salários dos funcionários também aumentam, e, portanto, se tempo atrás eram suficientes 13, 14 mil Reais para cobrir as despesas, este valor agora aumentou e fica entre 17 e 20 mil. Por outro lado, a nossa partilha, o que chamávamos de Dizimo, não aumentou como deveria, e permanece entre 7 e 9 mil Reais. As nossas coletas das missas aumentaram, mas não o suficiente. É por isso que todo mês temos um balancete negativo.

 Que tem acontecido com o fiel que faz partilha? Sua contribuição tem acompanhado a evolução do aumento do salário?

PE. GRACIANO: A Doação da Partilha é algo que acontece por amor e gratuitamente. Nunca alguém foi obrigado a colaborar no Sagrado Coração. Acreditamos que quando a pessoa se sente responsável, ela vai contribuir. Por essa razão, não existe nenhum tipo de estudo ou controle sobre quem é o nosso colaborador da partilha (antigamente chamado dizimista) e sobre os valores doados. Ninguém tem acesso a isso. O que podemos saber é que o valor geral da Partilha deveria ser maior do que 3 ou 4 anos atrás, e não é assim. Temos certeza absoluta que a Comunidade pode partilhar mais e com maior generosidade. Somos uma paróquia que tem um grande reconhecimento na cidade, pelos trabalhos realizados, inclusive os Projetos Sociais da Aphas. Se tomarmos consciência de quanto fazemos de bom e de quanto mais poderíamos fazer, temos certeza de que as pessoas irão partilhar mais e que aquele que ainda não colabora vai sentir a alegria de fazer parte de algo tão bonito e verdadeiro.

Se alguém quiser participar da Pastoral ou ser dizimista, o que deve fazer?

PE. GRACIANO: A Pastoral está precisando de novos membros e, quem gostaria de entrar nela, saiba que pode me procurar. Para participar da Partilha e das despesas da Comunidade a pessoa pode utilizar o plantão antes e depois das missas, ou também passar na secretaria paroquial.

Tem alguma coisa que gostaria de falar e que não perguntamos?

PE. GRACIANO: Dia 21 de outubro completamos 13 anos de vida. Em 2007, inauguramos a igreja que muita gente admira, reformamos e muito a igreja de São José e nos organizamos pastoralmente para ter uma Paróquia participativa e acolhedora. Caminhamos para isso. Em 2007 criamos a Aphas, o nosso braço social, expressão de uma fé que não é feita só de palavras, mas de um novo agir para transformação. São Tiago, na sua Carta, nos ensina que “A Fé sem obras é morta”. Quero dizer isso a todos: venham, participem, ajudem-nos a ser melhores, não tenham medo de investir no Evangelho e no sonho de Jesus.

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