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Destaques › 15/10/2011

Papa pede «dignidade» e «responsabilidade» aos detentores de cargos públicos

 

Bento XVI: ”Igreja deseja construir sadia plataforma de virtudes morais sobre as quais edificar a convivência”

 

O Papa Bento XVI recebeu em audiência os prefeitos de toda a Itália, nesta sexta-feira, 14. O encontro aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano. Na marca da comemoração dos 150 anos da reunificação do país, o Pontífice recordou que o Compêndio da Doutrina Social da Igreja indica que “a administração pública, em qualquer nível, como instrumento do Estado, tem por finalidade servir os cidadãos”. E acrescentou:”A função civil requer ser exercida com grande dignidade e com um vivo sentido de responsabilidade”.

Bento XVI também salientou que o Cristianismo, ao longo dos séculos, fecundou a cultura italiana, suscitando uma civilização rica de valores universais e que deixou marcas no costume do povo.

[A Igreja] é uma realidade viva e vivificante, como o fermento de que fala o Evangelho; uma presença significativa, caracterizada pela proximidade às pessoas, por acolher as necessidades profundas na lógica da disponibilidade ao serviço. Muitas são as exigências e as expectativas às quais devem corresponder o anúncio do Evangelho e as iniciativas da solidariedade fraterna. Quanto mais urgem as necessidades, tanto mais a presença da Igreja se esforça por ser solícita e rica de frutos. Respeitosa das legítimas autonomias e competências, a Comunidade eclesial considera seu preciso mandato destinar-se ao homem em cada contexto”, afirmou.

A partir da consciência de que “todos dependem de todos”, como escreveu o Beato João Paulo II (Sollicitudo rei socialis, 38), a “Igreja deseja construir, juntamente com os outros sujeitos institucionais e as várias realidades territoriais, uma sadia plataforma de virtudes morais sobre as quais edificar uma convivência à medida do homem”, acrescentou o Papa.

Após falar do exemplo do patrono dos prefeitos, Santo Ambrósio, o Bispo de Roma concluiu:

“Também vós, enquanto representantes do Estado, no exercício das vossas responsabilidades, sois chamados a unir autoridade e profissionalismo, sobretudo nos momentos de tensão e de contrastes. […] Deus não deixará de apoiar os vossos esforços, enriquecendo-os de frutos abundantes, para uma sempre mais ampla e capilar difusão da civilização do amor”.

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