Papa pede «dignidade» e «responsabilidade» aos detentores de cargos públicos
Bento XVI também salientou que o Cristianismo, ao longo dos séculos, fecundou a cultura italiana, suscitando uma civilização rica de valores universais e que deixou marcas no costume do povo.
“[A Igreja] é uma realidade viva e vivificante, como o fermento de que fala o Evangelho; uma presença significativa, caracterizada pela proximidade às pessoas, por acolher as necessidades profundas na lógica da disponibilidade ao serviço. Muitas são as exigências e as expectativas às quais devem corresponder o anúncio do Evangelho e as iniciativas da solidariedade fraterna. Quanto mais urgem as necessidades, tanto mais a presença da Igreja se esforça por ser solícita e rica de frutos. Respeitosa das legítimas autonomias e competências, a Comunidade eclesial considera seu preciso mandato destinar-se ao homem em cada contexto”, afirmou.
A partir da consciência de que “todos dependem de todos”, como escreveu o Beato João Paulo II (Sollicitudo rei socialis, 38), a “Igreja deseja construir, juntamente com os outros sujeitos institucionais e as várias realidades territoriais, uma sadia plataforma de virtudes morais sobre as quais edificar uma convivência à medida do homem”, acrescentou o Papa.
Após falar do exemplo do patrono dos prefeitos, Santo Ambrósio, o Bispo de Roma concluiu:
“Também vós, enquanto representantes do Estado, no exercício das vossas responsabilidades, sois chamados a unir autoridade e profissionalismo, sobretudo nos momentos de tensão e de contrastes. […] Deus não deixará de apoiar os vossos esforços, enriquecendo-os de frutos abundantes, para uma sempre mais ampla e capilar difusão da civilização do amor”.