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Destaques › 29/09/2015

O Evangelho não é um produto a consumir

Neste domingo, 27, em seu último de viagem em terras norte-americanas, Papa Francisco encontrou-se com os bispos participantes do Encontro Mundial das Famílias, no Seminário São Carlos Borromeu, na Filadélfia (EUA).

Antes de discursar ao clero, Papa Francisco contou que havia se reunido com jovens abusados sexualmente. Diante disso, ele demonstrou sua profunda vergonha por estes crimes e comprometeu-se a ajudar nos esclarecimentos de casos como este.

“Deus chora pelos chora por estes crimes. […] Os crimes de abusos sexuais não podem ficar em segredo por mais tempo. […] Os responsáveis prestarão contas”, frisou o Santo Padre.

Em seu discurso, o Pontífice refletiu sobre a famílias, assim como vem dedicando atenção especial sobre este tema decorrer de seu pontificado. Ele destacou a importância da família para a Igreja, ao comentar que “sem a família, a Igreja também não existiria: não poderia ser aquilo que deve ser, isto é, sinal e instrumento da unidade do gênero humano”.

As transformações nos relacionamentos humanos

Papa Francisco chamou a atenção para as transformações ocorridas na forma com que as pessoas se relacionam. Ele comparou essas relações fazendo alusão a um mercado e a um shopping. Antigamente, as pessoas iam aos mercados ou pequenas vendas e encontravam os produtos que a satisfaziam e por conhecerem o dono e estabelecerem vínculos, muitas vezes compravam fiado. Entretanto, com o passar dos anos e desenvolvimento da sociedade, os shoppings encontra-se uma grande variedade de produtos e você já não estabelece nenhum vínculo.

Para o Sucessor de Pedro, o mundo se tornou um “grande supermercado, onde a cultura adquiriu uma dinâmica competitiva”.

“Consumir relações, consumir amizades, consumir religiões, consumir, consumir… Não importa o custo nem as consequências. Um consumo que não gera ligações, um consumo que pouco tem a ver com as relações humanas. As ligações são meramente um «meio» para satisfazer as «minhas necessidades». O próximo, com o seu rosto, com a sua história, com os seus afetos, deixou de ser importante”, salientou o Papa.

O sacramento do matrimônio na cultura atual

O Santo Padre explicou que muitos jovens adiam o matrimônio à espera das condições ideais de bem-estar. Mas, ele frisa que com isso a vida é vivida “sem sabor”.

“Estamos vivendo uma cultura que impulsiona e convence os jovens a não fundar uma família, pela falta de meios e por ter tantos meios que está cômodo assim. Essa é a tentação, não fundar uma família”, alertou o Pontífice.

Missão dos Bispos

O Santo Padre convidou os bispos, como pastores de um rebanho concedido a eles por Cristo, a não condenarem os erros das pessoas, especialmente dos jovens, pois cresceram nessa sociedade. Mas, para que tal situação seja modificada, o Papa explicou que o clero precisa incentivar os fiéis com palavras de esperança e ânimo, pois o “Evangelho não é um produto a consumir, ele não entra nessa cultura do consumismo”.

“Nós pastores, seguindo os passos do Pastor, somos convidados a procurar, acompanhar, erguer, curar as feridas do nosso tempo. Olhar a realidade com os olhos de quem sabe que é chamado a mover-se, é chamado à conversão pastoral. O mundo atual pede-nos com insistência esta conversão”, disse o Papa.

Por Canção Nova

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