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Notícias › 10/10/2012

O conteúdo do novo livro do Papa

 

É verdade o que foi dito? E se refere precisamente a mim? E se diz respeito a mim, de que modo? São as questões com as quais Bento XVI convida o leitor a ler o seu novo livro “Infância de Jesus”, terceiro volume da Trilogia sobre Jesus de Nazaré, uma análise dos textos dos Evangelhos que na Itália será publicado antes do Natal, em coedição com a Livraria Editora Vaticana.

O editor, Rizzoli, destacou alguns conteúdos por ocasião da apresentação do livro do Papa na Buchmesse de Frankfurt, enquanto estão em andamento negociações com editoras de 32 países para as traduções do original em alemão em 20 línguas.

Uma “porta de entrada” aos dois precedentes livros sobre a figura e sobre a mensagem de Jesus. Assim o Papa define no prólogo o seu livro. Bento XVI explica ter desejado interpretar o que Mateus e Lucas contam sobre a infância de Jesus no início dos seus Evangelhos. Uma interpretação que parte de duas perguntas: a primeira sobre o significado da mensagem dos dois autores no momento histórico, a componente histórica da exegese.

Em seguida, destaca o Papa, a segunda pergunta, do “verdadeiro exegeta”: “é verdade o que foi dito? E se refere precisamente a mim? E se diz respeito a mim, de que modo? Diante do texto bíblico, cujo último e profundo autor é Deus mesmo, explica Bento XVI, a pergunta sobre a relação do passado com o presente faz parte da nossa interpretação.

Nas páginas fornecidas em antecipação, o Papa escreve que “Jesus nasceu em uma época determinável com precisão, não nasceu e apareceu em público no imprecisado ‘era uma vez’ do mito. Ele pertence a um tempo exatamente datável e a um ambiente geográfico exatamente indicados: o universal e o concreto se tocam reciprocamente”.

Sucessivamente, se lê que “Maria envolveu o menino em faixas”: esta imagem, afirma Bento XVI, é “uma referência antecipada à hora da sua morte. Ele é desde o início o Imolado”.

O Papa, partindo depois da interpretação de Santo Agostinho da manjedoura, escreve que ela “é o lugar onde os animais encontram o seu alimento”, mas é também onde se encontra “Aquele que indicou si mesmo como o verdadeiro pão descido do céu, o verdadeiro alimento do qual o homem tem necessidade para o seu ser pessoa humana”.

Eis então que “a manjedoura torna-se uma referência à mesa de Deus, à qual o homem é convidado, para receber o pão de Deus. Na pobreza do nascimento de Jesus se delineia a grande realidade, na qual se atua de modo misterioso a redenção dos homens”.

Por CNBB

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