Muticom discute a representação da felicidade nos meios de comunicação
Rio de Janeiro (Sexta-feira, 22-07-2011, Gaudium Press) Após seis dias de uma intensa programação recheada por painéis que discutiram os mais relvantes temas ligados à comunicação, chega ao fim nesta sexta-feira, 22, na sede da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). E como nos demais dias do Mutirão, o último dia do evento também contará com dois painéis: um para a apresentação de um filme e outro voltado para o debate.
A película apresentada hoje será a produção brasileira “Eles não usam black-tie”, filme dirigido por Leon Hirszman, que ganhou o prêmio Margarida de Prata da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1982. O filme narra a história de um trabalhador em seu difícil relacionamento com o pai e a namorada. E o tema geral a ser debatido no segundo painel será “A representação da felicidade nos processos comunicativos”.
Participarão da mesa de debates o professor do departamento de Teologia da PUC-Rio, Padre Jesus Hortal Sánchez; o psicanalista e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Jurandi Freire Costa; e o professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Freire Filho.
“Jovens, novas comunidades e redes sociais”
A juventude esteve no centro das atenções – e das discussões – ontem no Muticom. “Jovens, novas comunidades e redes sociais” foi o tema do painel de debates desta quarta-feira. O ciclo de conferências do penúltimo dia do evento começou com uma palestra da professora do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, Sanduza Naves. Especialista em Antropologia da Música, a docente focou sua palestra no tema “O lugar dos Jovens na Construção da Sociabilidade Contemporânea”, teorizando que através da forma como a juventude consome a tecnologia pode-se determinar o quão individualista e sedenta por novidades ela está se tornando. O que deve ser motivo de preocupação, segundo ela.
Logo depois, tomou a palavra a coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC) do Rio de Janeiro, Silvia Ramos. A especialista em mídia e segurança abordou o tema “Juventude, violência e comunicação”. Conforme ela, que trabalha em projetos sociais nas periferias e favelas do Rio de Janeiro, as mídias sociais, como blogs, twitter e facebook, são os principais meios de comunicação para se conhecer a realidade, tanto local quanto global. Sílvia afirmou ainda que estes novos meios “estão trazendo a voz do povo oprimido para a agenda social”.
A palestra seguinte foi proferida pela professora do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, Adriana Braga. O mote da apresentação foram as mudanças sociais que a Internet propicia nas relações sociais. Neste sentido, segundo Adriana, o “novo” meio de comunicação ampliou a participação do público nos debates e resgatou a palavra “comunidade”. No que tange à sociabilidade na rede, a professora da PUC afirmou que o que pauta a entrada de um usuário na internet é o “elogio”. Segundo ela, “nas redes sociais a medição por excelência é ser “amigo””.
O último painelista do dia foi o consultor de Educação Ricardo Chagas, que apresentou o projeto “Caixa de Ferramenta”, cujo objetivo é discutir com os jovens o adequado uso das novas mídias. Por meio de uma apresentação interativa, Chagas alertou os participantes para a pirataria que fomenta a divulgação de filmes pornográficos entre os jovens.
Com informações da CNBB.
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