Bem-aventurados aqueles que constroem o Reino de Justiça e Amor – 30 de janeiro de 2011.
Este texto é a base para a homilia de padre Graciano nas missas deste fim de semana. Ele reporta o pensamento principal que o padre ira expor. Claramente a homilia será mais completa e diferente porque padre Graciano não usa anotações e acredita que deve estar sempre aberto a inspiração do momento litúrgico.
Pastoral da Comunicação do Sagrado.
O evangelho deste domingo nos coloca na frente de uma tarefa difícil. Quando mal entendido o discurso da montanha de Jesus, que chamamos também de bem-aventuranças, nos leva a pensar algo errado, muito errado. Este erro consiste em pensar que o Reino de Deus acontece após este mundo ou após a morte. Neste engano “os pobres” são bem aventurados porque no céu serão premiados. Então não agora , mas depois.
Isso realmente nega toda a revelação contida na Palavra de Deus. A Pobreza, enquanto miséria provocada pela injustiça do mundo, que não sabe tratar a todos com a mesma dignidade, é o pecado do mundo, é o ante-projeto de Deus, é o mal enraizado profundamente na nossa sociedade e nos nossos corações.
No mundo há comida para 21 bilhões de ser humanos e mesmo sendo pouco menos que 7 bilhões ( exatamente 6.881.097. XXX segundo o relógio mundial que se pode encontrar na internet, clique aqui para mais detalhes … ), metade deles passam algum tipo de fome. Existe a fome de pão porque não matamos a fome de Deus porque não temos fome e sede de justiça, não temos fome de fraternidade. Como bem dizia Madre Teresa de Calcutá, o pior pecado da humanidade é a indiferença.
Então Jesus ao proclamar a lei do Reino de Deus, reino de fraternidade, justiça e amor, representada pelas bem-aventuranças, não está exaltando a pobreza, mas está nos convidando a estar do lado de quem paga uma conta mais cara por causa da injustiça.
Pobre então é aquele que sabe colocar em segundo plano os bens materiais, para abraçar a fraternidade e a nova justiça de Cristo. Pobre é quem se abre a partilha. Diferente de como julga a sociedade, pobre o rico segundo sua renda econômica. Deus porém olha o coração.
Todas as outras bem-aventuranças são uma extensão deste convite: construir a justiça, a paz, resistir a perseguição, ter o coração puro de quem não se aproveita dos outros em nenhuma maneira.
Perante as bem-aventuranças não podemos ficar sem tomar uma decisão. Colocamos nossa vida a serviço de Deus e deste seu projeto de amor e fraternidade.
Padre Graciano