A nova lei de Cristo – 13 de fevereiro de 2011.
A Palavra do Senhor nos convida a abraçar a nova lei de Cristo que não veio para apagar a lei antiga, mas para completar. Na verdade a perspectiva de Cristo é bem diferente: ele quer nos orientar ao bem verdadeiro e cortar o mal pela raiz. Por isso nos ensina que a ofensa, a humilhação, são o início do matar; a alma pode morrer bem antes do que o corpo e o nosso sentimento bem mais violento de quanto possamos pensar; a falta de respeito com a vida e a dignidade do ser humano para Jesus são um atentado a vida.
A lei antiga mandava não cometer adultério, mas Jesus radicaliza o assunto: quem olhar com desejo de posse uma mulher, já está no adultério. Aqui se abre realmente um discurso sobre a sexualidade humana e seu sentido. A mulher não é um instrumento de prazer para o homem, mas uma companheira com a qual é possível um relacionamento estável e duradouro, uma mutua doação. Não é preciso tirar o olho e nem cortar a mão, pois o pecado nasce na decisão, na união da inteligência com a vontade e na liberdade de decidir; diríamos que o pecado nasce na cabeça, no coração, no centro decisional da pessoa.
Os judeus, nas pessoas de escribas e fariseus, que eram as autoridades religiosas, tentavam fugir da essência da verdade, camuflando a lei de Deus com um monte de regras secundárias, que acabavam deturpando o sentido da lei divina. Por isso Jesus pede que a nossa justiça seja maior do que a justiça dos escribas e fariseus.
O que precisamos entender é que a lei de Deus não é uma imposição arbitrária. Deus quer a nossa felicidade e nos avisa sobre o que não é bom para nós; Ele quer evitar que nos machuquemos com atitudes e comportamentos errados. Da mesma maneira que uma mãe proíbe certas brincadeiras à criança para que não se machuque, assim Deus nos revela o que faz mal para o ser humano.
O mal tem que ser destruído na sua raiz, antes que tome conta do nosso agir, do nosso pensar.