Fazer-se próximo
Neste domingo 11 de julho encontramos no Evangelho do XVº Domingo do Tempo Comum um dos trechos mais conhecidos e admirados: O Bom Samaritano!
Jesus mostrou ao mestre da lei que lhe perguntou quem era o seu próximo, que na verdade ela deveria ser o próximo do homem caído vitima dos ladrões, assim como fez o Samaritano. Jesus nos convida a não escolher o próximo que ajudamos, mas de estar atentos a todos que estão “caídos e feridos” na nossa sociedade. Ser próximo segundo Jesus é uma atitude humana de quem vive se aproximando dos outros, especialmente os mais necessitados. O Brasil tem orgulho de se apresentar ao mundo como um pais multi-racial, onde pessoas de tantas culturas vivem em paz e são felizes. Realmente o Brasil não tem conflitos entre cristãos e muçulmanos, judeus e palestinos, católicos e protestantes, mas nem tudo é realmente paz e harmonia no nosso pais. O Brasil é um pais que tem um dos índices mais altos de violência urbana e criminalidade:
48 mil homicídios por ano
300 seqüestros por dia ,
100 deles, envolvendo crianças,
1 mulher a cada 15 segundos é espancada no Brasil, o que significa:
175 mil por mês,
5.800 por dia,
243 por hora,
4 por minuto!
No Iraque o primeiro e mais intenso ano de guerra as vitimas entre a população civil foram de 7.000 mortos.
Tudo isso nos indica que o Brasil precisa de muitos samaritanos, precisa semear nele a civilização do amor. Estes números trágicos só mudarão quando o evangelho de Jesus será realmente penetrado na cultura brasileira. Por isso a indicação de Jesus é fundamental: precisamos nos aproximar mais dos outros. Precisamos sentir que o outro é uma parte de mim e que eu sou uma parte dele. Temos que vencer todo espírito de divisão, de competição, de destruição, de autodestruição! Acho que uma maneira de nos aproximar do nosso irmão é criar dentro de nós sentimentos de compaixão, de compreensão, de misericórdia e plantar esses sentimentos nos jovens e nas crianças. O goleiro do Flamengo, Bruno, havia dado sinais de uma alma conturbada, quando o ano passado envolvido com a namorada do jogador Adriano declarou que no Brasil era normal fazer o que ele fez, bater em uma mulher!
Não temos outra possibilidade: ou construímos uma nova cultura de paz e amor ou estaremos sempre fazendo a conta dos irmãos vitimados pela violência.