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Destaques, Notícias › 02/06/2011

Encontro Diocesano de Formação – Guaxupé

Serviço de Animação Litúrgica

Aconteceu em 28 de Maio, em Guaxupé, o Encontro Diocesano de Formação, com a presença da várias paróquias da Diocese. O Tema do encontro foi Espiritualidade Litúrgica. Representando nossa comunidade, esteve presente Marta Dore, cordenadora da liturgia na Paróquia, Guilherme e Maria Helena. Foi um Momento de Crescimento e aprendizagem. Padre José Augusto, com muita sabedoria, nos falou sobre o tema proposto. Abaixo segue uma parte do texto de Pe. José Augusto, da Paróquia São José de Machado. 

Adultos na Fé

O cristão nasce, cresce, amadurece e envelhece dentro de uma
comunidade concreta e historicamente situada. Herança e testamento
do Ressuscitado (Jo 20,19-31), a comunidade é a grande
responsável por sua vida de fé. Nessa segunda família, o seguidor
de Cristo vive intensamente seu itinerário existencial: de Belém a
Jerusalém, percorre o caminho daqueles(as) que não temem perder
sua vida por causa do Senhor (Mc 8,35).
Membro de uma comunidade crédula, o batizado crismado é
alguém que vive no mundo “sem ser do mundo” (Jo 17,15).
Nas complexas situações do trabalho, da economia, da política e da
cultura, o cristão é chamado a dar razões de sua fé (1 Pd 3,15),
distanciando-se sempre do fideísmo e, com largueza de coração,
abraçando a liberdade crítica/crente, de quem é movido pelo Espírito.
Ao envolver-se nas realidades terrestres, exala o bom odor de
quem experimenta, concretamente, a pessoa do Senhor Jesus.
Mesmo que não participe de algum grupo específico (pastorais ou
movimentos), o cristão adulto é aquele que – alimentado pela
Palavra e pela Eucaristia – exerce, nas multifacetadas realidades,
o sacerdócio comum, a ele conferido pela graça do Batismo Crisma:
sacerdote, profeta e rei.
É membro do Povo Sacerdotal. Movido pelo exemplo e pela
graça de Cristo, compromete-se em promover e defender a vida
ameaçada pelas ideologias e totalitarismos epocais; hoje, sobretudo,
pela gradativa e lamentável perda do sentido da vida. Levando para
o mundo os apelos da Ceia de Jesus, pontifica, nos embates da cidade
dos homens, a fraternidade, a justiça, a caridade e a paz. Na faina
terrestre, junto com seus irmãos(ãs), leva, às últimas conseqüências,
todo o escopo da ação litúrgica: a glorificação de Deus e a
santificação do homem (cf. SC 7).
É membro do Povo Profético. Bafejado pelo Espírito Santo, o
cristão não teme anunciar, com palavras e gestos, a urgência do
Reino. Não esmorece em nome da pseudoprudência (covardia),

mas corre os riscos inerentes a quem se deixou seduzir pelo fogo
da verdade e da beleza do Evangelho. Denuncia, portanto, todas
as situações e projetos que apequenam ou desqualificam a altura
do ser humano – imago Dei. Muitas vezes é alvo de perseguições e
incompreensões. Mas não desanima. Sabe que seu futuro não será
diferente Daquele que lhe dá a inspiração maior. De modo criativo e
contemplativo transforma em prece o ônus da sua opção: “Pai, em
tuas mãos entrego o meu espírito” (Sl 31)!
É membro do Povo Real. Com os pés fixos no tempo presente,
direciona o seu olhar paras as coisas do alto (Cl 3,1-4). Sabe,

portanto, que todo o seu labor generoso redundará em maior
visibilidade do Reinado de Deus na terra. Como Jesus, não sucumbirá
diante das tentações do mercado em granjear grandes multidões.
Mas terá sempre a consciência de que o fundamental é o seu anúncio
custodiado pelo testemunho coerente de quem tem o Senhor como o
grande tesouro de sua vida (Mt 6,21).
Colaborador da seara do Pai, discípulo missionário de Cristo Jesus,
dócil às proposições do Espírito, o cristão adulto (leigos/as, religiosos/
as e membros da hierarquia) ouvirá, com mansidão profética e
profundo senso ecumênico, o atualíssimo responsório paulino: “um
planta, outro rega, mas é Deus quem dá o crescimento” (1Cor 3,5-9).

José Augusto da Silva
josausilva@yahoo.com.br

 

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