O amor, único caminho – 20 de fevereiro de 2011.
A leitura do Antigo Testamento nos convida a ser santos, e Jesus no Evangelho nos pede um amor sem limite: “oferecei a outra face – não virei as costas a quem vos pede um empréstimo – amai os vossos inimigos – sede perfeitos como o Pai”. Parece que Jesus nos pede algo realmente impossível de ser praticado. Mas, como sempre, temos que não ficar presos ao pé da letra, e entender o sentido das palavras de Jesus de uma maneira harmoniosa. Por exemplo, oferecer a outra face é uma maneira de nos dizer que não podemos entrar numa lógica de vingança. Não se pode responder ao mal com outro mal, porque assim criamos um mundo que não é o projeto de Deus. Gente como Gandhi e Martin Luther King foram grandes testemunhas da pratica da não violência até as ultimas conseqüências. Por que nós, discípulos de Jesus, não poderíamos também fugir do espírito de vingança?
Deus é amor e o nosso coração é a imagem e semelhança de Deus: foi feito para amar, perdoar, acolher, compreender; quando praticamos atos sem amor e até violentos estamos machucando profundamente o nosso ser. Violência e vingança são caminhos sem volta, caminhos de destruição e de morte. Às vezes não praticamos nenhuma grande violência ou vingança, mas no nosso dia a dia, nas relações familiares, por exemplo, praticamos tantas pequenas vinganças que tornam difíceis os nossos relacionamentos afetivos.
Jesus quer que vivamos no amor e que não coloquemos limites ao nosso amor; ele acredita que possamos amar como ele nos amou. Realmente, quando decidimos praticar o amor nos tornamos pessoas capazes de atos surpreendentes. O amor não é um sentimento pequeno, mas uma decisão, uma postura de vida. Ama quem decide fazer da pratica do amor a escolha mais importante de sua vida. Colocar o amor em primeiro lugar é colocar Deus acima de tudo, porque Deus é Amor.