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Notícias › 06/02/2013

Dom Fisichella: “vivemos época de cansaço da fé e demasiado entusiasmo pelo progresso científico”



Cidade do Vaticano (RV)
 – “A época e o momento cultural atual caracteriza-se por um difundido sentimento de cansaço em relação às religiões que parecem atrair pouco os jovens, enquanto existe um demasiado entusiasmo pelo progresso científico”. Foi o que afirmou na manhã desta terça-feira o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, por ocasião da apresentação da mostra “O Caminho de Pedro”. A mostra é dedicada às histórias de fé do apóstolo Pedro, no âmbito do Ano da Fé, e se realiza no Museu Nacional do Castelo Santo Angeo, em Roma, de 7 de fevereiro a 1º de maio.

“O momento cultural em que vivemos – disse Fisichella – é fortemente caracterizado por movimentos que se alternam e que revelam as contradições destes anos”. “Por um lado – acrescentou – se verifica um sentimento geral de cansaço e indiferença, que afeta também a fé. Como se esta se limitasse a um grupo minoritário de pessoas, muitas vezes idosas, e como se não tivesse mais nenhum atrativo para as novas gerações”. “Por outro lado – prosseguiu – se observa um excessivo entusiasmo em relação ao progresso científico e às novas formas de vida, como se fossem a solução para os graves problemas de hoje”.

“Neste caso – disse Fisichella – não raramente se argumenta que a fé deva ser reduzida ao âmbito privado, sem nenhuma incidência social ou cultural”. “Também é fácil verificar que, ao mesmo tempo, está em constante crescimento o desejo de se desfrutar quer da beleza da natureza quer das obras de arte criadas por artistas movidos por sua fé e sua capacidade interpretativa. Assim, a literatura, a música clássica, a arquitetura, a pintura e tantos outras forma de arte, atraem milhões de pessoas, que deste modo comprovam não querer ceder às ilusões das novas sereias que chamam a passar horas ociosamente nos novos campos do efêmero onde, caminhando distraidamente entre centenas de loja, é vendida a baixo preço a ilusão da felicidade”. (JE)

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