Dom Beni escreve artigo pró-vida
Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo Diocesano de Lorena (SP) escreveu recentemente um artigo denunciando “a pressão para que o aborto seja legalizado no Brasil”.
Em seu artigo, o prelado afirma que para aprovar a prática no país, o governo brasileiro vem utilizando o Poder Executivo. Do mesmo modo como ocorreu no caso da ADPF 54, no qual o Supremo Tribunal Federal (STF) despenalizou o aborto de fetos com anencefalia, está fazendo neste momento através do Ministério da Saúde, que prepara uma norma técnica que instruiria e forneceria serviços abortivos às mulheres que o solicitem.
O Bispo de Lorena inicia seu artigo recordando que o brasileiro é defensor da vida, entretanto, pode-se constatar a “pressão para que o aborto seja legalizado no Brasil”. O projeto abortista no Brasil, segundo ele, vem desde o início dos anos 90, os abortistas porém viram-se derrotados nas votações realizadas pelos legítimos representantes do povo brasileiro e agora estão criando “atalhos”, para alcançarem sua meta.
“Recordamos que, em abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional o aborto de crianças portadores de meroanencefalia. Esse, infelizmente, foi o marco no Brasil para o aborto eugênico. Uma vez que, no Poder Judiciário, não existe participação direta do povo, todos pudemos acompanhar, atônitos, os mais inacreditáveis pareceres dos Ministros do STF favoráveis ao aborto”, declarou Dom Beni.
O prelado apresenta os três pilares da estratégia utilizada para aprovar o aborto no Brasil: 1º a criação de centros de aconselhamento à gestante sobre como interromper a gravidez indesejada; 2º a venda de abortivos nas farmácias conveniadas ao SUS; 3º a produção de uma cartilha sobre como se utiliza estas drogas e se termina o processo de aborto iniciado pelo seu uso.
No artigo, ele critica também a atitude da Ministra Eleonora Menicucci, ao afirmar que “não seria crime explicar a uma mulher como fazer o aborto em si mesmo: crime seria fazer o aborto nela”.
Diante destes fatos urgentes e gravíssimos, Dom Beni pede aos homens e mulheres de sua diocese que “se façam ouvir”.
“Em uma democracia, o poder é exercido pelo povo e em nome do povo. Manifestem-se junto ao Ministério de Saúde dizendo que esta medida fere a consciência e os reais anseios da população brasileira”.
“Dirijam-se também à Presidência da República através de telefones e endereços eletrônicos disponíveis no site do Governo Federal. Digam que a Presidente precisa honrar sua promessa eleitoral de não avançar na promoção do aborto durante seu governo”, exortou.
Outros nove bispos brasileiros recentemente se pronunciaram contra a promoção da agenda antivida e antifamília que vem sendo imposta no Brasil. (EPC)