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Homilias em Destaque › 27/11/2017

Cristo Rei. Servo do amor- Homilia do 34º domingo do tempo Comum- Solenidade de Cristo Rei

Antes de fazer sua reflexão, leia o evangelho da Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo clicando aqui

Celebramos o último domingo do ano litúrgico com a Festa de Cristo Rei do Universo. Não é uma festa de vitória e de glória, pois fica evidente que o nosso Rei é um servo por amor: ele não quer mandar, mas quer servir. Não quer condenar, mas quer salvar.

O evangelho que ouvimos muitas vezes chamado de ‘Juízo Universal’ mostra que não tem um juízo, mas tem um chamamento. Este evangelho é a verdade última e definitiva sobre a nossa vida e o seu sentido. A forma da nossa vida, sua essência mais profunda é o amor dado e o amor recebido.

Deus não perde tempo a classificar e memorizar nossos pecados. Para ele o trigo é mais importante que o joio, a luz vale mais que a escuridão, o bem pesa muito mais que o mal. Por isso para Deus não pode ser perdido nem o menor dos gestos de amor e compaixão.

Como dizia antes não se trata de um juízo universal, mas de um chamado para todos: chamado a amar a todos e especialmente os mais sofridos. Ele está presente em cada um e não é possível viver o amor fraterno e amar a Deus sem amá-lo presente nos pobres, sedentos, famintos, doentes e excluídos. Só este amor/compaixão pode mudar o mundo e a nossa vida. Só este amor traz sangue novo numa sociedade gravemente doente e incapaz de cuidar de todos, profundamente corrupta em todos seus níveis.

A parte dolorida deste texto fica para quem não aceita o convite de Cristo: “afastai-vos de mim!” (cf Mt 25, 41). De tudo que não fazemos para Deus, o pecado mais grave é a omissão. O bem que temos condição de fazer e não fazemos. Não fazer o bem, não acrescentar vida e compaixão neste mundo, mas sim ficarmos presos em nós e nossos egoísmos. Palavras duras que nos devem fazer pensar bastante.

Não podemos continuar pelo nosso caminho sem olhar quem está caído, mesmo moralmente. Não podemos “virar a cara” para o outro lado perante as necessidades dos outros. Não podemos alimentar a indiferença que continua destruindo o mundo!

Não podemos dizer “eu não fiz mal para ninguém”, pois se faz o mal também ficando em silêncio, deixando o mal e a injustiça acontecer sem fazer nada, não respondendo aos gritos de dor e desespero dos irmãos. Isso nos torna surdos e cegos!

Cristo Rei nos convida a construir do seu Reino, não de poder, mas de justiça, de paz e fraternidade. Quem não quer construir isso se afasta de Deus e inevitavelmente acabará servindo a outros “deuses” que sustentam a cultura de morte: o evangelho de Jesus chama isso de inferno!

Padre Graciano Cirina

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