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Notícias › 23/01/2013

Concílio Vaticano II: João XXIII, o Papa bom



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Cidade do Vaticano (RV) – Dentro do Quadro Memória Histórica – 50 anos da Abertura do Concílio Vaticano II, dedicaremos alguns programas ao Papa João XXIII, cujas características pessoais foram determinantes, não somente para a Convocação do Concílio, mas também pelo clima que ele criou na Igreja em torno da convocação.

“Um Papa manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, homem com profundo espírito de oração, homem de paz e de plena confiança no Senhor”. Estes são apenas alguns dos tantos atributos de João XXIII, conhecido como ‘o Papa Bom’.

A morte de Pio XII deixou um enorme vazio. O colégio dos Cardeais, pouco renovado, não parecia um ambiente ideal para sair um papa com as características adequadas para enfrentar aquele momento vivido pela igreja, onde cada vez mais era inevitável um embate entre a tradição tridentina, baseada na defesa da verdade dogmática, moral e disciplina e a modernidade. João XXIII acabou sendo escolhido como um ‘papa de transição’ e a história mostrou que ele acabou se tornando um ‘acidente de percurso’ na sucessão dos pontífices.

João XXIII acreditava que a Igreja Católica não devia ser somente uma instituição com leis e doutrinas, mas acima de tudo, uma autêntica comunhão do gênero humano com o amor de Deus. Ele também acreditava que era necessária uma renovação da Igreja, fruto da atuação sobrenatural do Espírito Santo sobre ela. Esta sua confiança e convicção lhe deu a coragem e determinação para convocar o Concílio Vaticano II. Era 25 de janeiro de 1959 , no encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Diante dos Cardeais da Cúria, reunidos na Sala Capitular da Abadia São-Paulo-Fora-dos-Muros, João XXIII anunciou, de uma maneira muito simples e natural, o desejo de convocar o Concílio, inspiração esta atribuída por ele ao Espírito Santo.

Nós conversamos com o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, sobre João XXIII. (cf. áudio)

João XXIII é considerado um do papas mais amados e populares da história, não somente dentro da Igreja Católica, mas também entre os não-católicos. Ele deixou para o mundo uma imagem do ‘bom Pastor’, um ‘pai’ que quer abraçar e amar todos os homens, independente da religião ou cultura. Ele recebeu homens de todas as nações e crenças, cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. Durante as celebrações dos 50 anos de João XXIII, Bento XVI afirmou que ‘a fé em Cristo e na Igreja foi o segredo que fez do beato João XXIII uma figura mundial da paz’ “. (JE)

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