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Homilias em Destaque › 27/10/2014

Amar a Deus com todo o coração e ao próximo como a ti mesmo

 

Jesus fala do maior mandamento:

Mateus: amarás a Deus com todo o coração, com toda a alma, todo entendimento. O que será que Jesus queria dizer com isso? Com certeza amar a Deus com todo o nosso ser, sem transformar a nossa fé em algo limitado, como se fosse apenas uma parte da nossa vida, daquilo que nos interessa, um “setor da existência”. O amor a Deus tem que ser algo que ilumina toda nossa vida sem deixar nada de fora: tudo pode ser experiência de Deus, em tudo podemos experimentar o seu amor.

Aprendemos com quem sabe (São Francisco):

Doce é sentir  como em meu coração,agora humildemente está nascendo o amor.
Doce é entender que não estou mais sozinho,mas que sou uma parte de uma imensa vida.
Que generosa reluz em torno a mim,Imenso dom Dele, do seu amor sem fim.
O céu nos deste e as estrelas claras,irmão sol e irmã lua
A mãe terra com frutos, campos e flores,O Fogo e o vento, o ar e a água pura
Fonte de vida para suas criaturas,Imenso dom Dele, do seu amor sem fim
Imenso dom Dele, do seu amor sem fim.

Nesta oração de Francisco entendemos que o amor a Deus é  a experiência de ser criatura. Reconhecer que nascemos por amor e que Deus é a fonte da nossa vida. Difícil entender como amar a Deus com todo o coração sem viver esta dimensão de sermos criaturas. A cultura atual nos leva a cortar esta relação, achando que temos uma vida independente de Deus, achando que somos donos de tudo e tudo podemos. Com o passar do tempo, as nossas fragilidades físicas e morais nos levam a refletir mais e buscar Deus com mais intensidade.

Segundo elemento bonito é se sentir parte de uma imensa vida. Aprender a perceber a vida presente ao nosso redor. Isso gera a experiência de fraternidade. O outro é uma parte de nós e nós somos uma parte deles. Só assim é possível amar o próximo como a si mesmo.

Ontem o  Papa Francisco disse durante o “Angelus”:

“Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda tua mente”, responde Jesus – no Evangelho de domingo –  a um doutor da lei, que o desafia sobre o que é “o maior mandamento” e acrescenta: “o segundo é semelhante a ele: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Jesus não inventou a estes esses dois mandamentos – disse Francisco – os tira a partir dos livros sagrados do Deuteronômio e Levítico. Mas não há nada de novo.

“Sua novidade consiste em unir esses dois mandamentos – amor a Deus e amor ao próximo -. Provando que eles são inseparáveis ??e complementares, são dois lados da mesma moeda” . E ‘através do amor dos irmãos, que o cristão pode testemunhar o amor de Deus. “O mandamento do amor a Deus e ao próximo é o primeiro não porque ele está no topo da lista de mandamentos. Jesus não quis colocá-lo no topo, mas no centro, é o coração do qual tudo tem que começar “.

“À luz da palavra de Jesus, – disse Francisco – o amor é a medida da fé, e a fé é a alma do amor. Nós não podemos separar a vida religiosa e a vida de oração, do serviço ao próximo, aos irmãos que encontramos no dia a dia. Já não podemos dividir o encontro com Deus pelos sacramentos da necessidade de ouvir o outro, de nos aproximar de sua vida, especialmente das suas feridas “.

Jesus abre um novo caminho: “No meio da floresta densa de regras e prescrições – os legalismos de ontem e de hoje – Jesus rasga o véu que permite que você veja duas faces: a face do Pai e de seu irmão.”

Na verdade, apenas um rosto: “… aquele de Deus que se reflete em muitas faces, porque no rosto de cada irmão, especialmente o menor, frágil e indefeso, é presente a própria imagem de Deus.”

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