Amai-vos uns aos outros
Este mês de maio nos sugere de pensar ao amor materno , cuja imagem mais amada é Maria a mãe de Jesus. Tenho a certeza que o amor materno revela o amor de Deus. Talvez por isso João Paulo II teve coragem de criar a expressão Deus Pai e Mãe, querendo dizer que o amor de Deus para nós adquire as características paternas e maternas. O amor materno é sinal do amor gratuito, sem cobranças, sempre disponível. Incrível como todos nós descobrimos só na maturidade a grandeza do amor materno. Quando crianças bebemos e somos nutridos por esse amor. Quando adolescentes entramos em confusão e muitas vezes caímos na ingratidão. Quando jovens achamos na nossa mãe os limites de alguém incapaz de acompanhar o nosso pensamento, a nossa “modernidade”. Quando nos tornamos adultos descobrimos que a nossa mãe viveu só para nós, descobrimos que se anulou para nos dar a vida.
O amor materno é incondicional, permanente, concreto, cheio de ternura e compaixão. Nunca uma mãe abandona suas tarefas para cuidar de si. O seu ser é um exemplo de desprendimento.
Superando esquemas batidos de masculino e feminino, deveríamos compreender que o amor verdadeiramente cristão inclui o amor materno. Todos nós devemos aprender este amor incondicional que ama por si mesmo. Isso nos mostra que o amor escolhido como postura fundamental da própria pessoa nos leva a conhecer mais e viver o Amor de Deus. Quando Jesus no pede para viver o mandamento novo, nos pede para viver entre nó um amor concreto, feito muito mais de gestos concretos que de palavras sentimentais. Como no caso da mãe o amor é uma decisão e não um sentimento que vai e vem. Qualquer pessoa, apesar de seus limites e suas fraquezas pode tomar esta decisão. Eu diria portanto que muitos cristãos precisam atuar na própria vida uma real conversão do amor e passar a viver o amor com todos sem fazer distinção entre as pessoas. A capacidade de amar determina a nossa felicidade. A pessoa mais triste é aquela que não sabe amar. A comunidade onde não existe o amor perde o sentido de existir e não ajuda ninguém a ser feliz. A comunidade onde, apesar dos seus limites, tenta viver o mandamento novo “AMAI-VOS AOS OUTROS” é o lugar da alegria de estar juntos, da festa que celebra a unidade e da força do evangelho que renova o coração das pessoas e torna o nosso mundo melhor.