A tecnologia nunca substituirá o amor
Enquanto escutava o Papa Francisco falar sobre a solidariedade, refletia sobre o fato que a tecnologia pode nos aproximar, mas também nos distanciar.
A vida segue um rumo muitas vezes frenético, uma correria sem fim. Penso na época dos nossos avós, que viviam no campo e cultivavam a terra, época em que não existiam ainda computadores para todos, celulares e tantas tecnologias como hoje. Tudo parecia mais tranquilo e calmo, o dia tinha seu próprio tempo.
Hoje, no ritmo do metrô, ônibus, táxi, trem, muitas vezes deparo com cenas onde as pessoas estão de cabeça baixa, porque “conversam” com outras pelo celular. Nesses momentos me lembro da minha avó que me conta da sua juventude, onde as pessoas conversavam umas com as outras no trem, se conheciam, se importavam com quem estava ao lado.
A tecnologia invadiu nosso estilo de vida, nosso povo, nossa mente. Nos “aproxima”, quando falamos com alguém que está do outro lado do mundo. Nos distancia, porque o contato, o afeto, o toque, passou a ser “vivido” por meio de uma máquina, com botões, câmeras, smiles.
Chegamos a permanecer inquietos quando acaba a bateria do celular ou “cai” a internet. Nos tornamos dependentes de uma “evolução” que não se cansa, porém corre.
A tecnologia tornou-se algo que as pessoas não podem viver sem. É o desenvolvimento tecnológico que busca trazer soluções para os obstáculos de comunicação e substituir muitas, mas muitas coisas em nossas vidas. É por isso que algumas pessoas acreditam que ela torna possível o impossível. Enquanto isso, a sua forma mais avançada desenvolveu a maior saudade que temos, a saudade daquilo que a tecnologia nunca poderá substituir.
Se você acredita que o coração faz o mundo em que vivemos, permita que o seu coração se abra às pessoas ao seu redor, pois a tecnologia nunca substituirá o amor.
Por Clarissa Oliveira via Aleteia
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