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A solidariedade é “critério essencial” para toda ação política, afirma o Papa

Publicado em 1/07/2011

A solidariedade é “critério essencial” para toda ação política, afirma o PapaCidade do Vaticano (Sexta-feira, 01-07-2011, Gaudium Press) Em uma audiência particular esta manhã na Sala Clementina do Palácio Vaticano com membros da FAO, organismo da ONU para a alimentação e a agricultura que tem sede em Roma, o Papa enfatizou que a solidariedade é um “critério essencial” de toda ação política e atividade internacional, “para construir uma autêntica fraternidade entre as nações, assim como a apoiar a família rural”.

Bento XVI recebeu cerca de 400 participantes da 37ª Conferência da FAO, entre os quais o recém-eleito diretor -geral, o brasileiro José Graziano da Silva, que substituiu no cargo o senegalês Jacques Diouf.

Em seu discurso, o Papa ratificou o apoio da Santa Sé à atividade desenvolvida pela FAO e confirmou o compromisso da Igreja em colaborar nos esforços do organismo em responder às necessidades reais de tantas pessoas. “A pobreza, o subdesenvolvimento e a fome são frequentemente o resultado dos comportamentos egoístas que, partindo do coração do homem, se manifestam em seu agir social, nos intercâmbios econômicos, nas condições de mercado, na falta de acesso à alimentação e se traduzem na negação ao direito primário de toda pessoa a alimentar-se e portanto a estar livre da fome”, declarou o pontífice.

Bento XVI voltou a criticar em seu discurso a especulação financeira com os alimentos, dizendo que hoje a comida tornou-se um indivíduo do mercado, enquanto “a alimentação é uma condição que toca o fundamental direito à vida”.

O encontro no Vaticano teve início com um agradecimento pelo trabalho realizado por Jacque Diouf na FAO e com votos para José Graziano da Silva, o novo diretor-geral eleito no último dia 26 de junho, desejando-lhe que possa “cada vez mais e melhor responder às expectativas” e “dar soluções concretas” aos que têm fome.

O Papa instou a comunidade internacional a “operar coerentemente” a favor de “uma autêntica fraternidade”, e não de “interesses gerais”. “Como podemos ficar calados diante do fato que o alimento tornou-se objeto de especulação ou está ligado ao andamento do mercado financeiro, que sem regras certas e pobres de princípios morais, parece estar ancorado ao objetivo do lucro?”, questionou.

“A solidariedade é um critério essencial para toda ação política e estratégia, tornando assim atividade internacional e suas regras também instrumentos de efetivo serviço à toda a família humana e em particular aos últimos”, continuou. Além disso, disse ser “urgente” construir um modelo de desenvolvimento que responda às necessidades não apenas técnicas, como também humanas e éticas.

O pontífice recordou ainda aos membros da FAO as próprias responsabilidades que estão na base da organização. “Também a FAO – ressaltou – é chamada a arrojar a própria estrutura liberando-a dos obstáculos que a afastam do objetivo indicado na sua Constituição de garantir o crescimento nutricional, a disponibilidade da produção alimentar, o desenvolvimento das áreas rurais, assegurando assim à humanidade o livrar-se da fome”.

Como segundo tema depois da justiça alimentar, o Papa recordou a necessidade do apoio às famílias rurais. No modelo rural, o centro é “o tradicional núcleo familiar” que graças à educação dos princípios, da cultura e da religiosidade contribui na sociedade também na segurança alimentar. “A família rural é um modelo não somente de trabalho, mas de vida e de expressão concreta da solidariedade, onde se confirma o papel essencial da mulher”.

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