A referência do Evangelho
Dizem os bispos no documento de Aparecida, que muitas comunidades mesmo mássicas, são “constituídas de cristãos não evangelizados, sem conversão pessoal, de fraca identidade cristã e pouca pertença eclesial”.
Um famoso teólogo nos lembra que o ser humano apesar de ser o “homem sapiens” se tornou cada vez mais o “homem demens”, isto é o ser humano não sábio, mas demente que abraça a demência da violência e das guerras, do interesse individualista, da destruição da natureza, da fragmentação dos laços familiares, da lógica da esperteza.
Como é verdade isso!
Quem não vê no seu irmão a si mesmo é uma pessoa demente. È uma pessoa que enxerga a realidade de uma maneira falsa, viciada pelo pecado que é a demência dos egoísmos.
Muitos acham que a vida é para os expertos. Experto seria aquele que tenta levar vantagem em tudo, aquele que pisa nos outros para se promover. Muitos cristãos, como dizem os bispos do Brasil, perderam a referencia do Evangelho e vivem segundo a lógica da esperteza. Seria como dizer: dentro da igreja somos bonzinhos, mas lá fora a gente se vira. A fé não faz mais a diferença. Muitos se justificam dizendo que “todos fazem assim”. Mas o cristão não pode pensar assim. Se o cristão deixa de acreditar que no dia a dia precisa viver concretamente o Evangelho, então deixa de acreditar no Reino de Deus que cresce a cada dia, inspirado por Deus, na graça do Espírito do amor. O cristão que não coloca em pratica a Palavra do Senhor acaba vivendo uma duplicidade espiritual. Na hora que precisa de Deus, hora da dificuldade e do sofrimento, procura Deus com todos os meios; mas na hora de provar que é realmente um discípulo de Cristo, com atitudes corajosas e verdadeiras, prefere confiar nas leis do mundo sem amor.
E você, quer viver nesta duplicidade? As nossas atitudes, as nossas decisões, as nossas escolhas precisam ser iluminadas pela sabedoria do Amor. Precisamos ser sempre as mesmas pessoas, ter a mesma fé e decidir de vez de viver o Evangelho do Amor.
O Amor, não como palavrinha romântica e vazia, mas como razão profunda do nosso ser que pode transformar nossas vida. Amar que, não significa ser bonzinho, mas acreditar que cada gesto de amor verdadeiro constrói uma cultura de vida, uma nova civilização.
Vamos ser concretos neste esforço. No falar, agir, pensar, decidir….sempre nos perguntamos se estamos sendo orientados pela sabedoria do AMOR de DEUS, ou se também nós estamos sendo incentivadores da lógica da esperteza.
Boa vida em Cristo!
Padre Graciano