A personificação da caridade
Uma mulher que jamais perdeu a oportunidade de falar do amor
“A pobreza não foi criada por Deus. Nós é que a causamos – você e eu – devido ao nosso egoísmo” (Madre Teresa de Calcutá) .
Madre Teresa de Calcutá é a personificação da caridade. Poucos na história se dedicaram tanto ao próximo e se assemelharam tanto a Nosso Senhor Jesus Cristo como ela. Deixou a segurança do convento, no qual lecionava havia cerca de 20 anos na Índia, para ir às ruas cuidar dos miseráveis, doentes e moribundos, por não mais conseguir ver tanta dor e descaso e ficar indiferente à situação a que todos esses excluídos de Calcutá eram submetidos, pois além da miséria e das doenças, estes eram desprezados, humilhados e abandonados. A maioria destes nunca teve um lar, nem um banho quente ou uma refeição feita na hora, tampouco um beijo na face…
Assim viveu ela: de esmolas, contando unicamente com a Divina Providência, sem endereço fixo durante anos, cuidando e amando esses pequeninos de Deus, até conseguir um espaço para abrigar “os mais pobres dos pobres”. Depois de muita luta, persistência, escárnio e, sobretudo, fé, fundou a Congregação das Missionárias da Caridade com a adesão de algumas antigas alunas, no início, e mais tarde de outras jovens, que, pouco a pouco, foram chegando atraídas pelo testemunho.
Dedicou toda a vida, da juventude à velhice, a esses desvalidos por ver neles o rosto de Cristo.
“Nós queremos que eles saibam que há pessoas que os amam verdadeiramente. Aqui eles encontram a sua dignidade de homens e morrem num silêncio impressionante… Deus ama o silêncio.
Os pobres não merecem só que os sirvamos, merecem também a alegria e as Irmãs oferecem-na em abundância.
O próprio espírito da nossa congregação é de abandono total, de amor confiante e de alegria… É a nossa regra, para procurarmos ‘fazer alguma coisa de belo por Deus!'”, afirma a beata.
Essa grande mulher de Deus jamais perdeu a oportunidade de falar do amor de Deus a todos que conhecia, independente da religião ou posição social destes. – “Vamos, primeiro, cumprimentar o Dono da casa“, dizia ela, referindo-se a Jesus Sacramentado, assim que chegavam para visitar os acolhidos por ela.
Amou, como poucos, aqueles que são desprezados por todos, fez da vida uma profissão de fé, de esperança e caridade, com gestos concretos de desprendimento e doação ao próximo, ensinando-nos que, como cristãos, somos chamados a amar, a agir e a não “nos acomodar em nosso comodismo”.
“A pobreza não foi criada por Deus. Nós é que a causamos – você e eu – devido ao nosso egoísmo”
Madre Teresa é modelo de caridade e coragem para todas as mulheres. Deus nos criou como “a ajuda adequada” (cf. Gênesis 2, 18) e a Palavra em Provérbios, 31,10-31, fala da “mulher virtuosa”, por isso devemos deixar uma marca de amor e generosidade por onde passarmos.
Que, como esse sacrário vivo do amor, possamos semear bondade por onde passarmos, contribuindo na construção de um mundo mais humano e fraterno.
Pois Jesus nos assegura: “Tudo o que fizerdes a um dos meus pequeninos, é a mim que o fazeis” (Mateus 25, 40).