“A Ascensão de Jesus e a nossa transformação”- Homilia da Solenidade da Ascensão de Jesus- Pe Graciano
Celebramos nesse domingo 2 de junho a festa litúrgica da Ascensão. Um momento importante que faz parte do centro da nossa fé. A Morte, Ressurreição, Ascensão e Pentecostes são os fatos da salvação, reunidos em 50 dias, que mudaram para sempre a história da humanidade. Na morte o ato extremo de doação de Cristo, na Ressurreição a vitória sobre a morte que valida tudo que Jesus fez e ensinou, na Ascensão a volta para o Pai, para que Jesus ficasse para sempre presente na sua comunidade e no Pentecostes o dom do Espírito Santo que vai vivificar a igreja e fazer com que ela seja instrumento de Cristo.
Nesta sequência celebramos a Ascensão, uma festa pura, uma festa da Igreja que não interessou o mundo e seu comércio e que até nós cristãos vivemos sem lhe dar muita importância. Importante entender o que esta significa na nossa fé. Se eu pudesse resumir com palavras normais o evangelho de hoje e o dialogo de Jesus com seus discípulos, presente também, e com mais detalhes, na leitura dos Atos dos Apóstolos, diria assim: Caros discípulos, realizei tudo que o Pai me confiou, agora volto para Ele e deixo a vocês a grande missão de continuar a minha obra, sendo minhas testemunhas e por isso aguardai em Jerusalém a força do alto, o dom do Espírito.
Mais uma decisão divina que talvez a gente até mudaria: o que seria se Jesus conduzisse a Igreja hoje, assim como faz o Papa, com tantos meios de se comunicar, nos deixando sua palavra todo dia, seus ensinamentos e explicações obre tudo que acontece no mundo?
Mas o plano de Deus não foi esse. Ele voltou ao céu e nós, a sua Igreja e suas testemunhas, temos que continuar sua obra. A sua volta ao céu não é uma ausência, mas sim uma presença ampliada por toda a terra e em todos os corações. Jesus continua presente em todos que aceitam ser seus instrumentos.
Muito marcante a palavra dos anjos: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?” (cf At 1,11)
Os anjos pronunciam a palavra que descreve o maior problema dos discípulos de ontem e de hoje: ficar parados! A ascensão marca o início da obra dos discípulos que não podem ficar parados e por isso recebem o Espírito Santo. Isso mostra que o nosso grande desafio não se limita a não fazer o mal, mas sim fazer o bem, sendo instrumentos de Deus.
Tem uma Igreja espalhada no mundo inteiro que evangeliza e faz as boas obras! E ela se traduz em números:
1.284.810 de Católicos
5.304 bispos
415.656 Padres
670 mil freiras
351.797 Missionários leigos e catequistas
5.391 hospitais
16.270 Casa para idosos e deficientes físicos
10.000 orfanatos
Mesmo assim, sabemos que podemos fazer muito mais, se cada um de nós se perguntasse como ser instrumento de Deus. A Ascensão nos chama a viver uma fé que se transforma em obras. Ser instrumento de Deus é um grande dom que dá pleno sentido a nossa vida.
Padre Graciano Cirina
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Poços de Caldas- MG
Diocese de Guaxupé