“Maria Santíssima, modelo de laço profundo com Deus na oração”,afirma Bento XVI
“A vida humana atravessa diversas fases de passagens muitas vezes difíceis e que requerem empenho, que requerem escolhas inderrogável, renúncias e sacrifícios”, por isso, como modelo e ajuda “a Mãe de Jesus foi colocada pelo Senhor em momentos decisivos da história da salvação e soube responder sempre com plena disponibilidade, fruto de um laço profundo com Deus maturado na oração assídua e intensa”.
Na manhã de hoje, o Santo Padre, na audiência geral na Praça São Pedro, começou um novo capítulo sobre o ciclo de catequeses falando sobre a oração. O novo ciclo de instruções é baseado nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas de São Paulo.
Dez mil pessoas lotavam a Praça de São Pedro, junto à Basílica de São Pedro.
Maria, Mãe de Deus está presente nos escritos de São Lucas, no Evangelho e nos Atos dos Apóstolos, desde o início até o fim. A sua oração junto à oração de Jesus é “um dos elementos recorrentes”. Pelo fato de São Lucas fazer as últimas alusões a Maria nos dois escritos no dia de sábado, desenvolveu-se a tradição de que o Sábado seja um dia mariano.
Não há Pentecostes sem Nossa Senhora
Maria está presente na Última Ceia, no momento de Pentecostes. A sua presença é assinalada “pela capacidade de manter um perseverante clima de recolhimento, para meditar sobre cada acontecimento no silêncio de seu coração, diante de Deus” na espera do “dom do Espírito Santo, sem o qual não é possível tornar-se testemunhas”. Portanto, “se não há Igreja sem Pentecostes – afirmou o Papa – não há também Pentecostes sem a Mãe de Jesus, porque Ela viveu em modo único aquilo que a Igreja experimenta todos os dias sob a ação do Espírito Santo”.
O lugar privilegiado de Maria é a Igreja, para a qual Ela é modelo e figura excelentíssima. “Venerar a Mãe de Jesus na Igreja – continuou o Papa – significa então aprender com Ela a ser comunidade que reza”. Frequentemente a nossa “oração é ditada por situações de dificuldade, por problemas pessoais que levam a nos dirigirmos ao Senhor para ter luz, conforto e ajuda. Maria convida a abrir as dimensões da oração, a nos dirigirmos a Deus não somente na necessidade e não só por nós mesmos, mas em modo unânime, perseverante, fiel, com um “só coração e uma só alma”, continuou o Santo Padre.